Na manhã desta quinta-feira, em resposta às questões do Juiz, Teófilo Nhangumele disse que a primeira vez em que falou com Ndambi Guebuza foi em 2012, no aeroporto de Joanesburgo, a caminho de uma viagem à Alemanha. Entretanto, o Juiz questionou ao réu sobre o envio de um e-mail aos 22 de Novembro de 2011 com um currículo e que colocou Ndambi Guebuza em cópia.
“Eu enviei esse e-mail, sob orientação de Feizal Sidat, a Zuneid, seu sobrinho. Coloquei Ndambi Guebuza em cópia, mas não o conhecia. Quando nós pedimos emprego, mandámos e-mail para várias pessoas. Eu não tinha entendido que isso significa falar com alguém”, explicou Nhangumele.
O réu insistiu que falar e enviar e-mail são coisas diferentes, entretanto Efigénio Baptista disse que estava satisfeito com a resposta e propôs que se passasse para outra pergunta.
Ainda hoje, Teófilo Nhangumele disse que recebeu o projecto da Zona Económica Exclusiva a Privinvest por e-mail.
Efigénio Baptista confrontou, igualmente, Nhangumele com o envio de um e-mail a Bruno Langa e a Ndambi Guebuza, com o programa da visita à Alemanha, a 8 de Dezembro. Mas, Nhangumele tinha dito que não sabia que Bruno Langa também seguiria à viagem.
“Eu mandei o programa porque já havia a decisão de que ele (Bruno) ia viajar. Quem me avisou foi uma senhora que me ligou de um número fixo a perguntar se eu conhecia o Bruno. Com isso, eu entendi que ele também ia seguir à viagem”, disse.
Entretanto, Efigénio Baptista não ficou satisfeito com a resposta e quis saber como o réu sabia que Bruno ia viajar, ao que o réu respondeu “prefiro abster-me”.
Na audição, que ontem durou pouco mais de duas horas, Teófilo Nhangumele disse que foi contactado para prestar serviço de consultoria em relação a um projecto de protecção costeira. Depois de avançar dados numéricos, foi afastado e, quando voltou a ter informação sobre o assunto, já não se tratava de protecção costeira, sendo, desta vez, do pescado de atum.